Pular para o conteúdo

FAQ – Frequently Asked Questions




    Posso atender o adolescente menor de idade que comparece sozinho à consulta?

    A ausência do responsável não pode ser obstáculo para a realização da consulta. Caso o adolescente compareça sozinho, deverá ser atendido. Conforme a necessidade, poderá ser solicitada a presença de um responsável posteriormente.

    Para mais informações, leia:
    A consulta do adolescente.

    Quando é preciso realizar “Tempo a sós com o adolescente” e Entrevista Psicossocial – HEEADSSS?

    O objetivo da realização do “Tempo a sós com o adolescente” é oferecer ao jovem um momento na consulta em que aspectos da sua vida pessoal possam ser discutidos de forma espontânea e sincera, preservando o sigilo e a confidencialidade, para que possa ser desenvolvida uma estratégia de enfrentamento para as situações que o incomodam no seu dia-a-dia.

    Recomenda-se que a Entrevista Psicossocial – HEEADSSS seja realizada:
    – em toda consulta inicial;
    – nas consultas de seguimento, quando o último atendimento aconteceu há mais de seis meses (rever principalmente os dados positivos anteriormente e aqueles passíveis de modificação).
    * Em caso de retorno para resultado de exames, tendo a consulta anterior sido realizada há poucas semanas/meses, o atendimento pode ser mais breve e direcionado. No entanto, caso alguma situação de risco tenha sido levantada, pode ser interessante atualizar os dados da Entrevista Psicossocial, conversando um pouco a sós com o paciente.
    * Nos casos em que houver impossibilidade de uma relação direta com o paciente (retardo mental, por exemplo), a consulta é realizada em um único tempo, com os responsáveis e o jovem.

    Para mais informações, leia:
    A consulta do adolescente;
    HEEADSSS: a entrevista psicossocial.

    Quando é preciso realizar Estadiamento de Tanner?

    O objetivo do exame de genitais no adolescente é verificar se o desenvolvimento físico está ocorrendo dentro dos padrões de normalidade, classificando-o de acordo com os critérios de Tanner e correlacionando-o com a velocidade de crescimento.

    Deve-se respeitar a privacidade do adolescente, realizando o exame físico de forma segmentar, cobrindo a região que não está sendo examinada (evitar exposição desnecessária do corpo do adolescente).

    Recomenda-se que o Estadiamento de Tanner seja realizado:
    – em toda consulta inicial, independente da idade ou desenvolvimento físico do jovem;
    – nas consultas de seguimento, quando o último atendimento aconteceu há mais de seis meses, para avaliar a progressão dos estágios e correlacioná-lo com a velocidade de crescimento.
    * O exames de genitais pode não ser realizado quando desenvolvimento puberal já tiver se completado (confirmado na consulta anterior) e não houver queixas.

    Para mais informações, leia:
    A consulta do adolescente;
    Crescimento e desenvolvimento físico na adolescência.

    ATENÇÃO: para realização do exame físico e de genitais, é recomendável a presença de outra pessoa na sala (acompanhante ou profissional de saúde).

    De quanto em quanto tempo o adolescente deve retornar para consulta?

    Cada caso deve ser avaliado individualmente, com programação variável de acordo com a necessidade. Como ROTINA, orientar:
    – na fase de estirão do crescimento: consulta de seguimento a cada três ou quatro meses;
    – no período de desaceleração do crescimento: consulta de seguimento a cada seis meses.

    Para mais informações, leia:
    A consulta do adolescente.

    Em caso de necessidade de quebra de sigilo, como devo proceder?

    De acordo com o Art. 103 do CEM, pode-se garantir sigilo ao paciente menor de idade, desde que não incorra em risco de vida para ele próprio ou para terceiros.

    Em algumas circunstâncias, o sigilo deve ser quebrado. Em todas as situações em que se caracterizar a necessidade da quebra do sigilo médico, o adolescente deve ser informado, justificando-se os motivos para esta atitude.

    O sigilo nunca será quebrado sem a anuência do jovem (aval é diferente de anuência). Ele deverá permanecer o tempo todo no ambiente da consulta, a não ser em situações especiais. Em qualquer circunstância, o diálogo com a família deve ser incentivado e o apoio por parte da equipe sempre deve ser oferecido.

    • Dr. Marcelo Meirelles
    – Médico Pediatra
    – Médico Hebiatra (Especialista em Medicina do Adolescente)
    – Psiquiatria na Infância e Adolescência




    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *