Pular para o conteúdo

Miliária: Entenda Causas, Sintomas e Tratamentos Efetivos para Brotoejas




    4. Manifestações Clínicas

    4.1. Miliária cristalina

    Resulta do bloqueio superficial do ducto sudoríparo (dentro do estrato córneo).

    Características:
    ▪ vesículas superficiais e claras de 1-2 mm se formam nos orifícios dos ductos sudoríparos écrinos;
    ▪ se assemelham a gotículas de água e podem coalescer;
    ▪ devido à sua localização superficial, rompem-se facilmente e não provocam resposta inflamatória significativa (não há eritema circundante);
    ▪ as áreas envolvidas são geralmente assintomáticas;
    ▪ costumam estar amplamente espalhadas e são mais comuns na cabeça, pescoço e parte superior do tronco de neonatos e no tronco de adultos;
    ▪ aparecem dentro de dias a semanas após exposição ambiental apropriada e desaparecem dentro de horas a dias com descamação superficial que é descrita como “farelo”.

    Casos congênitos foram relatados.

    Miliária Cristalina

    Miliária Cristalina

    4.2. Miliária rubra

    Resulta do bloqueio do ducto, geralmente na epiderme, embora possa ocorrer na derme. O vazamento de suor causa inflamação no tecido periductal.

    Características:
    ▪ pápulas eritematosas (ou papulovesiculares ou pustulosas) não foliculares de 2-4 mm;
    ▪ eritema de fundo é frequentemente observado;
    ▪ em bebês, é mais comum nas dobras cutâneas do pescoço, axila ou virilha; em adultos, é frequentemente observada em áreas de fricção com roupas: parte superior do tronco (especialmente costas), couro cabeludo, pescoço e áreas de flexão;
    ▪ o rosto, as palmas das mãos e as solas dos pés são poupados;
    ▪ ao contrário das miliárias cristalina e profunda, a rubra está normalmente associada a prurido ou ardência que piora com a transpiração;
    ▪ anidrose pode ocorrer nas áreas afetadas;
    ▪ pode causar miliária profunda e danos à glândula écrina.

    Foram relatados casos raros de manchas confluentes semelhantes a queimaduras solares.

    Miliária Rubra

    4.2.1. Miliária pustulosa

    Variante da miliária rubra na qual uma pústula se forma na parte superior do ducto sudoríparo écrino. O “sinal do hipópio” ocorre quando as pústulas desenvolvem um nível de fluido transversal com suor acima e pus abaixo.

    Miliária Pustulosa

    A miliária rubra pode ser superinfectada, geralmente com estafilococos, resultando em impetigo ou múltiplos abscessos conhecidos como periporitis staphylogenes.

    4.3. Miliária profunda

    Resulta do bloqueio mais profundo do ducto sudoríparo (na junção dermo-epidérmica). Geralmente ocorre após episódios repetidos de miliária rubra.

    Características:
    ▪ o bloqueio profundo no ducto o escape do suor para os tecidos circundantes resulta em pápulas assintomáticas não foliculares, firmes, eritematosas ou da cor da pele, com 1-4 mm de diâmetro;
    ▪ observada mais comumente em adultos, geralmente ocorre no tronco, mas também pode ser observada nas extremidades;
    ▪ como o suor fica obstruído profundamente na pele, as áreas afetadas apresentam pouca ou nenhuma transpiração;
    ▪ a erupção é tipicamente assintomática; também pode ser sutil e tornar-se mais visível quando o paciente transpira.

    Um tipo raro de miliária profunda, “giant centrifugal miliaria profunda”, foi descrita em bebês, bem como uma variante granulomatosa.

    Miliária Profunda

    Quando a miliária rubra ou miliária profunda é grave ou recorrente, as glândulas sudoríparas podem funcionar temporariamente ou serem completamente destruídas; pode resultar em anidrose nas áreas afetadas. Isso pode ser acompanhado por hiperidrose compensatória em áreas não afetadas, principalmente face, axilas e áreas inguinais. Também pode levar à termorregulação ineficiente e pode ser acompanhada por hipertermia, exaustão pelo calor, fraqueza, mal-estar, dispneia, taquicardia e colapso cardiovascular.

    Páginas: 1 2 3 4 5 6 7 8
    Marcações:

    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *